quarta-feira, 4 de maio de 2011

Perfil de ADN - Impressões Digitais Genéticas

Sempre que um crime é cometido, o exame do local é uma tarefa essencial, sem a qual seria certamente impossível a resolução da esmagadora maioria dos casos. Uma das principais preocupações dos investigadores é a recolha de vestígios dermopapilares, principalmente de impressões digitais, que permitam relacionar um suspeito com a cena do crime. A análise destes vestígios anatómicos, tradicionalmente lofoscópica, hoje pode ter uma abordagem completamente distinta, através da determinação do seu perfil genético.
Quando se toca em superfícies ou se manipula objectos podem ficar aderentes células que possibilitam, se houver um tratamento adequado, a extracção do ADN e a sua consequente análise. Contudo, o número de células depositadas é normalmente muito baixo, permitindo apenas extrair quantidades de ADN muitas vezes inferiores a 100 pg.  
As impressões digitais genéticas são usadas como forma de esclarecer relações parentais duvidosas, permitir encontrar autores de crimes, estabelecer correspondências entre dadores e receptores de transplantes e detectar doenças hereditárias. Cada indivíduo possui o seu próprio ADN, que é único; inclusivamente os gémeos homozigóticos.
A partir de uma amostra de material biológico que contenha, por exemplo, leucócitos do sangue, é possível fazer a extracção da molécula de ADN. A técnica mais utilizada para a identificação de uma amostra de ADN é a reacção de polimerização em cadeia (PCR).
A PCR trata-se de uma das técnicas para clonar ADN de modo a obter grandes quantidades a partir de uma pequena amostra.

Identificação de um criminoso por PCR:


1)      Preparam-se as amostras de ADN;
2)      Adiciona-se primers, nucleótidos e a enzima DNA-polimerase resistentes ao calor para que a dupla hélice seja reconstruída a partir de cada uma das cadeias simples (os primers são oligonucleótidos sintéticos de ADN de cadeia simples que se vão ligar ao DNA em pontos específicos, delimitando a zona a copiar);
3)      Aquece-se o ADN para separar as duas cadeias;
4)      Por arrefecimento, alguns primers ligam-se a zonas específicas da cadeia simples de ADN;
5)      A partir dos primers reconstitui-se a dupla hélice de ADN, uma vez que a DNA-polimerase reconhece os primers como locais de iniciação de síntese;
6)      Repete-se o procedimento até obter cópias suficientes do ADN em estudo.


A PCR faz rapidamente replicações sucessivas de determinadas porções de ADN. Actualmente já há maquinas capazes de executar esta operação.
Após obter uma quantidade considerável de ADN do suspeito prossegue-se para a etapa seguinte, DNA fingerpint.
Esta técnica tem como finalidade comparar o obtido com o dos suspeitos.

DNA fingerprint compreende as seguintes fases:


1)      O ADN é submetido à acção de enzimas de restrição e fragmenta-se em porções de diferentes tamanhos e pesos moleculares.

2)      Os pedaços de ADN são sujeitos a electroforese, em que é revelado um padrão de fragmentos de restrição único para cada indivíduo, funcionando como um “código de barras” genético.


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