quarta-feira, 11 de maio de 2011

Serial-Killer de Santa Comba Dão


António Luís Costa

António Luís Costa ex-soldado da GNR e serial-killer de Santa Comba Dão, Portugal. Foi condenado em 2007 pelo homicídio de três jovens mulheres, entre Maio de 2005 e Maio de 2006. Este homem bondoso, temente a Deus e amigo da ordem, da moral e dos bons costumes sempre foi muito estimado na cidade que acordou espantada com a notícia de que se tratava de um assassino em série. António foi julgado culpado pela morte de três vizinhas na flor de idade e que conhecia desde crianças. O homicida não perdia a missa de domingo e tinha a casa cheia de fotos do Papa João Paulo II. Ao longo dos 25 anos que serviu na GNR, revelou-se um militar dedicado, recebeu várias condecorações e elogios. Admirava o conterrâneo Oliveira Salazar, ex-ministro das Finanças de Portugal nascido em Vimieiro e considerado grande exemplo da fé católica. O cabo reformou-se da GNR em Abril de 2006 e assim encontrou mais tempo para se dedicar a duas grandes paixões: os jogos do Benfica e a política local e ainda teve tempo para matar a sangue frio.
A primeira vítima de Costa foi Isabel Cristina Isidoro, que desapareceu em 24 de Maio de 2005, o corpo foi retirado do mar a 31 de Maio de 2005. Isabel, de 17 anos, tinha abandonado os estudos e ultimamente trabalhava num restaurante. Era prima e vizinha da terceira vítima. Apenas o corpo de Isabel, devolvido pelo mar, na Figueira da Foz, uma semana após o sequestro, foi perfeitamente identificado. Mariana Lourenço desapareceu no dia 14 de Outubro de 2005 e o corpo mutilado foi encontrado em Junho de 2006. Era a única das três que frequentava o ensino superior. Fazia o curso de Contabilidade da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital. Foi atacada a 14 de Novembro de 2005 e nunca mais foi vista pelos amigos e pela família. O corpo foi encontrado mutilado, no sistema de filtragem da Barragem do Coiço, em Penacova. Mariana era amiga da terceira vítima. A terceira e última vítima, Joana Oliveira, desapareceu no dia 8 de Maio de 2006. Foi sequestrada no regresso para casa, em Cabecinha de Rei. O corpo foi encontrado debaixo de uma ponte com base em indicações dadas por Costa.
António Costa atacou de seis em seis meses. Com a agilidade mental de um psicopata, o cabo da GNR  planeou cada um dos ataques, atraindo as vítimas da forma mais simples de todas: ao dar boleia para casa. Foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) em 24 de Junho de 2006. No início, confessou os crimes, tanto à polícia como ao juiz que conduzia a investigação preliminar. Mais tarde, retirou a confissão e acusou um tio de Mariana Lourenço pelos crimes. O telefone de Costa foi colocado sobre escuta sendo posteriormente possível ouvir a confissão dos crimes à sua família.
O julgamento de Costa começou no dia 4 de Julho de 2007, foi acusado de três homicídios, três crimes de ocultação de cadáver, um crime de profanação do corpo (por despir um corpo), dois crimes de tentativa de coerção sexual e um crime de denúncia caluniosa (por acusar o tio de Mariana Lourenço pelos crimes). A 31 de Julho de 2007, o Tribunal concluiu que Costa era culpado de todas as acusações, excepto o crime de ocultar o corpo de Isabel Cristina Isidoro, já que esta ainda estava viva quando foi atirada ao Oceano Atlântico. Costa foi condenado a 64,5 anos de prisão, reduzida para 25 anos, a pena máxima pelo direito Português. O caso levantou algumas críticas em relação ao Estado Português que define 25 anos de prisão como pena máxima. Algumas pessoas acreditam que penas mais graves devem ser permitidas.

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